12 de Outubro, 2025

ESO’s Very Large Telescope (VLT) has obtained new images of 3I/ATLAS, an interstellar object discovered last week. Identified as a comet, 3I/ATLAS is only the third visitor from outside the Solar System ever found, after 1I/ʻOumuamua and 2I/Borisov. Its highly eccentric hyperbolic orbit, unlike that of objects in the Solar System, gave away its interstellar origin.  In this image, several VLT observations have been overlaid, showing the comet as a series of dots that move towards the right of the image over the course of about 13 minutes on the night of 3 July 2025. The data were obtained with the FORS2 instrument, and are available in the ESO archive.  Links  Timelapse of the observations Deep stacked image of all observations

O que torna esse cometa tão empolgante? Primeiro, sua velocidade recorde — cerca de 200.000 milhas por hora (mais de 130.000 mph) — o torna o mais rápido já registrado. Segundo, ele parece vir diretamente do disco espesso da Via Láctea, uma região povoada por algumas das estrelas mais antigas da galáxia. Cientistas da Universidade de Oxford estimam que 3I/ATLAS pode ter mais de 7 bilhões de anos, isto é, bilhões de anos mais velho que nosso Sistema Solar, com duas em cada três chances de ser mais antigo que o Sol e os planetas.

Imagens do Telescópio Hubble o registraram com detalhes excepcionais: uma coma (cobertura de gás e poeira) bem ativa e uma cauda peculiar, em formato de gota, ramificada em direção ao Sol — um show visual que revela intensa atividade na face exposta à luz solar. Estimativas indicam que seu núcleo tenha até 5,6 km de diâmetro, ainda que a atividade da coma torne essa mensuração desafiadora.

Mais recentemente, com medições ultravioleta feitas pelo Neil Gehrels Swift Observatory, foi detectado um jato de OH — subprodutos típicos da sublimação da água — confirmando a liberação ativa de água do cometa, com uma taxa estimada em 40 kg por segundo.

Esse objeto não ameaça a Terra — chegará a cerca de 1,8 UA de distância, e seu periélio, o ponto mais próximo do Sol, está previsto para 29 de outubro de 2025. Mas é justamente essa breve passagem que oferece uma “janela de ouro” para os astrônomos estudarem sua composição, sua poeira, sua água — talvez, uma amostra de planetismo antigo e fora do nosso sistema solar.

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